Quero compartilhar com vocês uma
matéria bem legal que está no
Correio Braziliense hoje. Trata-se de uma nova modalidade de compra on-line. Conheçam e aproveitem! Afinal, todo mundo adora um descontinho, não é mesmo?!
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Febre nos Estados Unidos, chegam a Brasília sites que apostam no conceito de compra coletiva
Por Diego Amorim
Publicação: 07/07/2010
Um modelo de comércio on-line que virou febre nos Estados Unidos há menos de dois anos está desembarcando em Brasília. Três sites com o conceito de compra coletiva começaram a funcionar no último mês. A lógica adotada por eles é baseada na lei da oferta e da procura: se um mínimo estipulado de pessoas comprar os produtos ou serviços anunciados em um tempo estipulado, os participantes ganham descontos que vão de 50% a 90%.
A bióloga Lilian Pedrosa testou um dos sites e comprou comida japonesa pela metade do preço: "Quem não gosta de desconto?"
Segundo dados do mercado norte-americano, que conta com mais de 100 sites de compra coletiva, esse modelo de negócios movimentou US$ 250 milhões somente no ano passado. Um dos sites pioneiros, o Groupon, criado em novembro de 2008, já investiu US$ 35 milhões e acumula 3,6 milhões de usuários cadastrados. Até dezembro, deve faturar US$ 77 milhões.
O Brasil e a capital do país estão na mira dos principais investidores do setor. Os internautas brasileiros são os que navegam por mais tempo na web em todo o mundo, de acordo com levantamento divulgado em março pela consultoria comSore. Além disso, no Brasil, o número de participantes em comunidades virtuais e microblogs supera a média mundial.
No início de junho, o site
Citybest lançou a primeira oferta de compra coletiva em Brasília. Vendeu 500 temakis pela metade do preço em menos de cinco dias. A bióloga Lilian Pedrosa, 27 anos, soube da promoção por uma amiga e pagou R$ 5 em um lanche pelo qual costuma desembolsar R$ 10. “Quem não gosta de desconto? Vou acompanhar sempre o site”, diz ela, que espalhou a novidade entre os amigos.
Brasília foi a segunda cidade em que o Citybest se instalou no país. O grupo nasceu em Belo Horizonte e optou por começar a expansão fora do eixo Rio-São Paulo. “Brasília tem um público bem informado e conectado. A vida social também é forte. As pessoas são menos bairristas, não se incomodam em se deslocar em busca de novidades”, comenta Gustavo Borja, sócio-proprietário do City Best.
O
Peixe Urbano, site pioneiro desse modelo no Brasil, lançou a primeira oferta na capital federal há duas semanas. Em três dias, 372 internautas garantiram uma massagem em um spa da cidade com desconto de 80% — de R$ 196 por R$ 39. “Brasileiro adora promoção e usa muito as redes sociais”, avalia Julio Vasconcellos, um dos sócios do Peixe Urbano.
Tendência
A advogada Fernanda Pavanello, 30 anos, soube da novidade oferecida por esses sites em uma comunidade virtual. Logo comprou um ingresso de cinema — que não custa menos do que R$ 15 a inteira — por R$ 3,60. “Não sou de comprar só porque é mais barato. A proposta é boa porque os sites oferecem descontos de produtos que já tenho o costume de consumir”, comenta.
Como toda novidade, o conceito de compra coletiva deve levar um tempo para ser difundido. Mas os investidores acreditam que há uma tendência consolidada. “Não tem como dar errado. O modelo está revolucionando a internet em todo o mundo. Aqui não será diferente”, avalia Marcelo Macedo, do site
ClickOn, que, em Brasília, foi lançado na última segunda-feira.
Quem aposta no novo modelo defende que ele tem o poder de movimentar a economia local. O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Distrito Federal (Abrasel-DF), Sérgio Zulato, gosta da ideia, mas diz que os empresários precisam fazer bem as contas antes de fechar parceria com esses sites. “Não adianta vender muito mais barato e não conseguir cobrir os custos”, adverte.
Para os internautas, a dica do presidente do Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (Ibedec), José Geraldo Tardin, é ficar atento às contrapartidas do desconto oferecido. Mesmo com a promessa de devolução do dinheiro caso a promoção não seja validada, ele sugere: “É bom que o consumidor teste o modelo comprando um produto mais barato”.
Leiam mais sobre o assunto:
Jornal Estado de Minas,
Revista Veja e
New York Times.